Renato Pirauá fala um pouco sobre como sua trajetória no Entrevista fez com que se sentisse um jornalista de verdade, porém, teve que superar diversas dificuldades pessoais para poder alcançar a formação como jornalista. Ele ressalta que paciência e perseverança são essenciais para que os objetivos sejam alcançados.
A melhor recordação do Entrevista está no clima de redação de jornal. Naquele momento senti ser jornalista de verdade, com a sensação de responsabilidade sobre o que escrevia. Minha trajetória levou um tempo para ser iniciada. Com um mês de formado consegui emprego de repórter no São Vicente Jornal, mas fiquei só três meses. Como o salário era baixo e eu precisava ajudar com as despesas de casa, voltei a vender consórcio por dois anos.
A grande chance veio em 1996, quando fui chamado para o Jornal Popular, um semanário policial de Santos. O dono do jornal era apresentador do Rádio Polícia, da Cultura AM, e me convidou para ser repórter. Foi a última vez que enviei um currículo. A partir dali passei a ser convidado para outras empresas e a carreira deslanchou: trabalhei no Diário de São Paulo, duas vezes na TV Mar/Record, assessorias das prefeituras de Santos e São Vicente, Jornal da Tarde (grupo Estadão) e Primeira FM (pública).
A dica que eu dou: nunca desista. Por vezes, a entrada no mercado parece difícil, mas é uma questão de tempo. E lembre-se de que aquilo que você escreve é um pedaço da História que você está ajudando a documentar. Por isso e preciso seriedade e imparcialidade. Outros seres humanos estão envolvidos no teu texto e merecem respeito.